O Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro abre sua 22ª edição no dia 1º de julho, pelo segundo ano em formato virtual — com acesso gratuito aos espetáculos pelo site oficial do festival e pelo canal do Cena no YouTube.
Até 10 de julho, serão trabalhos inéditos de seis países que refletem sobre “identidade, respeito, democracia, memória, preconceito, afeto, revolução, sem perder o sentido do momento que o planeta está vivendo”, de acordo com a organização do evento.
Se o formato digital faz perder muito do calor do contato entre atores e plateia, traz vantagens como a possibilidade de se incluir na programação um espetáculo atualmente em cartaz em Paris (presencial, porque lá eles já superaram o pior da pandemia). É o caso de Never 21 (foto em destaque), do francês-nigeriano Smaïl Kanouté.
Com o programa Smaïl Kanouté – Corpo e Identidade, o dançarino, coreógrafo e designer inaugura esta edição do Cena Contemporânea apresentando amostras de cinco de seus trabalhos. Entre eles Never 21, que se alinha ao movimento Black Lives Matter e homenageia as jovens vítimas de armas de fogo em bairros pobres e discriminados de Nova York mortos antes dos 21 anos.
Também se destacam na programação montagens de dois textos clássicos. Em À Espera de Godot, os atores William Ferreira e Diego Borges trazem um filme/peça adaptado do texto de Samuel Beckett, gravado em dois ambientes distintos. Em Hamlet, o Teatro La Plaza, do Peru, recria livremente o texto de WilliamShakespeare com um elenco todo formado por pessoas com Síndrome de Down.
Completam a programação do 22º Cena Contemporânea espetáculos do Chile, Portugal e Uruguai e outros quatro trabalhos produzidos por criadores brasilienses: Solos Para um Corpo em Queda, de Tatiana Bittar; Estranhas, de Jonathan Andrade, Uma Palhaça Confinada em Gaste sua Lombra em Casa, de Ana Luiza Bellacosta, e Inspira Fundo 2, de Clarice Cardell.
A programação completa e mais informações sobre espetáculos, criadores e companhias estão disponíveis no site oficial do Cena Contemporânea.
Hamlet (Chela De Ferrari, Teatro La Plaza, Peru) À Espera de Godot (William Ferreira e Diego Borges, DF/Brasil) Exit (Cirque Inextremiste, França) Ana Contra la Muerte (Gabriel Calderón, Uruguai) Estro-Watts – Poesia da Idade do Rock (Gonçalo Amorim e Paulo Furtado, Teatro Experimental do Porto, Portugal) Uma Palhaça Confinada em Gaste sua Lombra em Casa (Ana Luiza Bellacosta, DF/Brasil) Estranhas (Jonathan Andrade, DF/Brasil) Never 21 (Smaïl Kanouté, França) Preludio – Acciones del Silencio (Diana Daf Collazos, Peru)