As produções originais meia-boca predominam no catálogo da Netflix. Mas quarta-feira (22/09) entra na plataforma um filme que merece atenção pelos nomes do diretor, do ator e do escritor do livro que o inspira: A Ausência que Seremos, de Fernando Trueba, com Javier Camara, adaptado de romance de Héctor Abad.

Trueba é um veterano do cinema espanhol, que se tornou conhecido por aqui nos anos 1990 por filmes como Sedução (1992) e  A Menina dos Seus Olhos (1998), ambos com Penélope Cruz, com quem ele voltou a trabalhar mais recentemente em A Rainha da Espanha (2016).

Javier Câmara também esteve em A Rainha da Espanha, mas é mais fácil identificá-lo pelos filmes que fez com Pedro Almodóvar — o enfermeiro de Fale com Ela (2002) e o comissário de bordo de Os Amantes Passageiros (2013).

Héctor Abad é dos grandes nomes da atual literatura colombiana. Em 2005 lançou A Ausência que Seremos, em que ele  faz um comovente relato sobre a vida e a morte trágica de seu pai, o médico sanitarista colombiano Héctor Abad Gómez (1921-1987).

Defensor de causas sociais e dos direitos humanos, Gomez foi executado pelos esquadrões da morte que atuavam em seu país nos anos 1980. E é a história do médico contada do ponto de vista do filho a matéria-prima do filme que estreia na Netflix.

Javier Camara interpreta Héctor Abad Gómez e Juan Pablo Urrego faz o papel do filho escritor. Produzido na Colômbia, o filme de Fernando Trueba levou o Goya de melhor filme iberoamericano na premiação (a principal do cinema espanhol) deste ano.

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